sábado, 26 de junho de 2010

Ausência

Queria ter-te aqui,
Ao pé de mim.
Queria acariciar teus cabelos,
Sentir o toque da tua pele,
O cheiro do teu perfume...
Queria perder-me nesse azul,
No azul dos teus olhos...
Queria abraçar-te,
Guardar-te junto do meu peito...
Infelizmente,
Não estás aqui.
Fico, apenas, com a tua imagem
Gravada na minha memória,
Gravada no meu coração.
E, por pouco que isso seja,
Isso basta-me...
Por pouco que isso possa parecer,
Isso faz-me feliz...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Farol


Não sei que és.
Serás como farol
Para me alumiar
Na noite escura?
Talvez...
Esperemos que Clio,
Enquanto tece a sua longa manta
Que é a história,
No-lo diga...
Esperemos que o destino,
Esse vil inimigo dos homens,
No-lo transmita...

Ideias...

Porque adivinhas
O meu pensamento?
Porque pensas
O mesmo que eu?
Serão as nossas ideias
Assim tão banais,
Tão pouco originais?
Será que os nossos caminhos
Foram semelhantes
Ou será apenas
Fruto do acaso?
Não sei.
Apenas sei
Que gosto de falar contigo,
Que gosto de partilhar as minhas ideias
Contigo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Não sei que és

Não sei
Quem és tu,
Que és tu.
Não sei se és sereia,
Ou ninfa do mar.
Não sei se és estrela cadente
Ou perfume no ar.
Serás gaivota,
Ou quiçá constelação
Talvez poesia
Ou uma doce canção.
Não sei.
Mas sei que saberei.
Serás, quem sabe,
Tudo isto
E muito mais.
Este é um poema mais alegre, tal como tinhas pedido.
Este, é o poema que te dedico.

À Noite..

É à noite
Quando o sol se esconde
E as estrelas aparecem
Que sinto a tua falta.
É quando as luzes da cidade
Se iluminam finalmente
E a lua está alta no céu
Que dou por mim, sem ti.
É quando me deito, só
Que não sinto o teu calor
Junto a mim,
Que não sinto o teu perfume,
O toque da tua pele,
A beleza do teu rosto,
Do teu corpo.
É quando não estás aqui,
Junto a mim,
Segredando segredos ao ouvido.
É à noite
Que sinto a tua falta.

Grande Azul...

Que segredos escondes,
Ó Tu, Grande Azul?
Quantas almas devoraste,
Quantas reclamaste para ti,
E quais guardas agora?
Tu, Grande Azul,
Tu que és fonte de vida,
Fonte de alegria,
Fonte de dor e sofrimento?
Tu, que te escondes
Sob esse manto sagrado
Que é o céu?
Sim, Tu, Grande Azul,
Que tens por pai Neptuno,
E por filhas as sereias?
Diz-me, ò Grande Azul,
Que segredos escondes Tu?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ainda não sei quem és...


Ainda não sei quem és.
Mas é aqui que quero estar,
Contigo,
Junto a ti,
Num pôr-do-sol qualquer...

Desculpa

Desculpa.
Se não sou tudo aquilo
Que esperavas que eu fosse.
Desculpa.
Se fiz o que não devia ter feito,
Ou se, pelo contrário,
O devia ter feito e não fiz.
Desculpa.
Se devia ter pedido desculpa
E não pedi.
Desculpa.
Errar é humano,
E, precisamente por isso,
Desculpa.

sábado, 19 de junho de 2010

O meu amor morreu

O meu amor morreu.
Sim, morreu.
Morreu
Porque já não vive em mim.
É agora uma sombra negra
De um passado distante.
Morreu.
E deixou-me aqui, só,
Como só estão todas as coisas
Que perdem a sua razão de ser.
Morreu.
Já não recordo o seu sorriso,
Ou o brilho dos seus olhos.
São tudo coisas que, agora,
Estão perdidas na grande arca
Chamada passado.
O meu amor morreu.

Som da Semana

Richard Durand - Always the sun